segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O que faço por meus amigos


Eu tenho amigos. Graças a Deus! Vibro ao ler os manuscritos reunidos e publicados de um deles ou a ouvir letras e melodias inefáveis que outros lançam para elevar o mundo; choro ao me despedir de quem vai exercer sua profissão ou realizar seu sonho e vocação do outro lado do oceano; emociono-me com aquele que celebra um mistério com tanto carinho; torço por aqueles que se dão um ao outro na presença da comunidade; rezo ao ler singelas cartas escritas nos intervalos de dias atribulados e corridos; faço hora com a cara de quem permite ou até necessita disso; desconcerto-me com quem, aceleradamente, conquista cada vez mais intimidade e liberdade junto ao meu coração; rio sozinho ao perceber aquele que se alegra com a minha felicidade; abraço apertado quem desejo consolar; mudo meus planos para poder ouvir uma partilha; durmo pouco para poder ser amigo; tenho prazer em conhecer o que é invisível aos olhos; volto atrás e não me envergonho de pedir desculpas; e, ainda, perdôo aquilo que se diria imperdoável a quem, deliberadamente, dou o privilégio de ser irmão.
Sou feliz por ter amigos. Digo amigos mesmo. Falo de amizades profundas. Detesto superficialidades e, às vezes, pago um preço caro por isso. Perco aquilo que me é muito precioso. Ainda assim, vale à pena ser amigo. Vale à pena ter amigos. E eu tenho amigos. Graças a Deus!