sábado, 29 de dezembro de 2007

Limites


Limites: quando tê-los? Quando perdê-los? Como conhecê-los?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Dia do Arquiteto


11 de Dezembro: Dia do Arquiteto...

"Para mim a arquitetura não é o mais importante. Importantes são a família, os amigos e este mundo injusto que devemos modificar". Oscar Niemeyer

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Beleza de um instante


Seria o Céu capaz de ter inveja da Terra por algum instante? Quisera ele ser um espelho! No momento capturado, ele é.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Aquele que mora em nós*

* Dedico esta postagem a uma arquiteta amiga minha que está necessitando de uma reforma... Publicado originalmente no Jornal Anunciação (Nov./Dez. 2004) - RCC-Viçosa, MG.

“Pequena é a casa da minha alma, Senhor, para que possais entrar: aumentai-a! É toda ruínas: reformai-a!” (Santo Agostinho). Se a nossa casa é pequena para uma simples visita de alguém, tanto menor ela se parece quando este alguém deseja vir morar na mesma. E, ainda, estando em ruínas, faz-se necessária uma reforma com urgência.

Talvez, a sua casa não precise ser aumentada para receber mais um morador. Pode ser que aquela sala de televisão, tão disputada por todos, possa ser transformada num quarto de hóspedes. Quem sabe aquele quartinho de bagunça, tão empoeirado e esquecido, não possa ser completamente esvaziado? Guardamos tantas coisas inúteis... E o porão? Ele, que é muitas vezes a base e sustentação de toda a edificação, é mantido de forma tão insalubre por tantos proprietários... Havendo uma arrumação, sem dúvidas, Aquele que deseja morar em nós não se incomodaria em se alojar ali. Apesar de ser Rei, Ele é muito simples... Talvez Seu desejo seja apenas uma cama ou um colchão para descansar...

Mas se a sua casa realmente precisar ser aumentada? Talvez você diga que, ultimamente, esteja sem condições financeiras para bancar uma reforma: não há dinheiro para materiais de construção nem para mão-de-obra, o que certamente inviabiliza qualquer obra; ou quem sabe você diga que não gosta de obras, devido aos transtornos como poeira, barulho, entulhos, etc. Todavia, Aquele que deseja morar em nossa casa garante para nós que a obra sairá gratuitamente, sem custo algum para o proprietário, visto que ela já foi paga há aproximadamente dois mil anos. Ele assegura também que toda a construção não acarretará qualquer barulho, visto que é sua especialidade trabalhar no mais absoluto silêncio, no escondimento, no segredo do nosso coração (cf. Mt 6,6). Quanto a sujeira e poeira causadas pela obra, Ele pode derramar uma Água Viva para lavar cada cômodo da casa. Portanto, Ele será o arquiteto, o engenheiro, o construtor, o mestre de obras, o pedreiro, o servente, o carpinteiro, o pintor, o responsável por cada fase da obra, inclusive pelos detalhes do acabamento.

sa: descobri

eu costumo escrever... iaçom Luciano... yground do colSeu coração pode ter se desmoronado até aqui, se no seu caso, a necessidade não for simplesmente uma limpeza ou uma reforma e sim uma reconstrução total. Ainda assim, não há problemas, pois Aquele que deseja morar em seu coração ama-te com eterno amor (cf. Jr 31,3) e não vê empecilho algum numa obra de grande porte. “Ou imaginais que em vão diz a Escritura: Sois amados até o ciúme pelo espírito que habita em vós?” (Tg 4,5).

Terminada a limpeza, acabada a obra, talvez você ainda não consiga compreender os anseios do Ilustre Inquilino. É loucura demais para nós... Como pode o Criador dos céus, da terra, do mar... desejar morar em uma de suas humildes criaturas? Como pode um coração tão pobre se tornar tão rico? Como pode uma humilde casa de barro ser elevada à dignidade de santuário? Realmente, nunca entenderemos esses “caprichos e vicissitudes do Amor”, como nos diria Santa Teresinha do Menino Jesus, pois não somos dignos de que Ele entre em nossa morada. Todavia, com uma única palavra Sua, nós seremos, à medida da necessidade de cada um, curados, reformados, restaurados (cf. Lc 7, 6s). O que cabe a nós é tentar deixar a nossa casa sempre aberta, bem arejada, iluminada e ventilada, mantendo-a sempre limpa para o maior conforto e comodidade do Divino Morador e para recebermos todos aqueles que desejarem nos visitar e conhecer Aquele que mora em nós.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sem reticências


Certas reticências merecem um ponto final. O céu é cúmplice de seu fim. E promotor de novas. Sejam bem-vindas...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

As quatro estações da vida*

* Publicado originalmente no Jornal Anunciação (Novembro de 2002) - RCC-Viçosa, MG. É um dos meus textos que mais gosto...

“Eis o Esposo, ide-lhe ao encontro” (Mt 25,6). Ir ao encontro de Deus, por vezes, parece ser uma tarefa muito difícil. Santo Agostinho já dizia que “na procura de Deus, é ele quem se adianta e vem ao nosso encontro”. Entretanto, os olhares menos atentos talvez não consigam perceber, durante vários momentos da caminhada, os constantes cuidados que o Senhor tem conosco, pois mesmo cumulando-nos de graças e bênçãos, ainda assim, o Senhor exige de nós alguns passos na fé, para que tal encontro aconteça.

Faz-se necessário para o nosso crescimento espiritual, passarmos por momentos de angústia, de silêncio, de aridez, de deserto... Às vezes, temos vontade de voltar atrás, ou de parar de caminhar, pois já não vemos a luz que nos guiava.

Assim, temos medo de ir para frente, temos medo do escuro. É o inverno da alma. Sentimos frio e nem ao longe vemos as chamas que outrora nos aqueciam. O convite de Deus no inverno é, pois, dar um passo na fé, mesmo na escuridão. Pois quando “o Sol do Amor se ausentar, não vou me preocupar, porque sei: por entre as nuvens Ele está a brilhar” (Santa Teresinha do Menino Jesus). E na escuridão, nós caminhamos...

Caminhando, nem percebemos o passar do tempo e quando nos damos por nós, podemos exclamar: “Eis que o inverno passou, cessaram e desapareceram as chuvas. Apareceram as flores na nossa terra, voltou o tempo das canções” (Ct 2,11s). Estamos, assim, na primavera da alma.

Neste período, tudo a nossa volta parece ter uma fragrância quase celeste. A caminhada torna-se mais fácil, mais agradável. É o tempo das canções no qual prosseguimos sem grandes dificuldades, atraídos pelo perfume do Senhor. E na alegria, nós caminhamos...

Talvez o findar desta estação, percebamos com mais clareza, pois apesar de o céu se tornar ainda mais azul e mais belo, o calor se torna, às vezes, desagradável. É o verão da alma. Não bastasse o calor forte, precisamos enfrentar as tempestades.

As chuvas de verão, apesar de rápidas, vêm fortes. Talvez pensemos que não vamos agüentar tamanha violência. Pode até ser que sejamos realmente abalados mas “sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança. E a esperança não engana” (Rm 5, 3ss). Com esta esperança no coração, o pavor é dissipado. Ficamos tranqüilos, pois sabemos que é o próprio Jesus quem acalma a tempestade. Confiantes, damos mais este passo na fé. E na esperança, nós caminhamos...

Com as tempestades já acalmadas e o calor não tão intenso, entramos no período de quedas das folhas. É o outono da alma. A princípio pode parecer doloroso demais ver as nossas folhas, tudo o que julgamos ser nosso indo ao chão. Talvez até derramemos lágrimas! No entanto, para que ganhemos folhas novas, cheias de vida, é preciso que as folhas velhas caiam ao chão. É o natural do outono.

Nesta estação, Deus nos convida a um total desapego de tudo aquilo que é nosso. Ele quer nos dar uma vida nova, mas precisamos renunciar a vida velha. Dessa maneira, acolhendo a vontade do Senhor, sendo dóceis e obedientes, alcançaremos uma maior maturidade na fé. E no desapego, nós caminhamos...

Mais maduros na fé, já não sentiremos tanto frio com o chegar de outro inverno, mesmo que este venha até mais rigoroso; na primavera, sentindo ou não o seu perfume característico, entoaremos cânticos ainda mais belos e ditosos; o calor e as tempestades de verão não vão mais nos abalar; e, por sua vez, no outono seguinte, nossa vida será ainda mais plena.

Enfim, todos nós passamos por várias fases na nossa caminhada. Para alguns, o inverno parece longo demais e a primavera, em detrimento, demasiado curta; para outros, o verão parece forte demais e o outono muito exigente. Longos ou curtos, fortes ou fracos, exigentes ou fáceis, em todos estes períodos somos chamados a dar passos em direção a Deus, a irmos ao encontro do Esposo.

Dando todos estes passos, estaremos dando provas de amor ao nosso Deus. E se, porventura, as pernas estiverem cansadas de caminhar, não há problemas, pois “com amor, não caminho apenas, ponho-me a voar” (Santa Teresinha do Menino Jesus). E no amor... Ah! No amor, encontramo-nos com Deus.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Jardim - as primeiras entrelinhas


Já que é o início... Nada melhor do que falar da criação... Excerto carregado de significado, extraído do texto O Século dos Jardins, de Machado de Assis.

"O jardim nasceu com o homem. A primeira residência do primeiro casal foi um jardim, que ele só perdeu por se atrasar nos aluguéis da obediência, onde lhe veio o mandado de despejo".
Machado de Assis



Entrelinhas desconcertantes

Alguns amigos têm me pedido para eu escrever mais, divulgar mais os meus textos... Finalmente, criei coragem e aqui está o blog: Entrelinhas desconcertantes.

Despretensiosamente, este será o espaço das entrelinhas, lugar das reticências, do nó na garganta... Pensamentos, textos, imagens. As entrelinhas são sempre densas e dispensam comentários em demasia.

Gosto de simbolismos e metáforas... Nada é tão figurativo que não se possa abstrair algo mais profundo. Por sua vez, o abstrato pode ser cristalizado e apreendido.

Desconcertemo-nos!!!