segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Desfolhando rosas com a moça de Lisieux

"Ao ver-vos, meu Jesus, deixar da mãe os braços, e com seu terno auxílio tatear vacilando uns mal seguros passos em nosso pobre exílio.
Quisera desfolhar amor pelo caminho a mais purpúrea rosa.
Pra que esse pé gentil poupasse de mansinho sobre uma flor mimosa.
Assim desfolhadinha a rosa é imagem bela, o meu divino infante, dum pobre coração que vitimar-se anela para vós a cada instante.
A rosa, em se desfolhar, pra sempre renuncia à vida, a quanto amava.
Como ela, a vós, meu Deus, em venturoso dia se entrega a humilde escrava.
A rosa em seu fulgor tem culto e luzimento, às festas dá seu brilho.
A rosa desfolhada, essa levou-a o vento; ninguém lhe rouba trilho.
Jesus, sacrifiquei por vosso amor, gozosa, o meu futuro, a vida.
Aos olhos dos mortais deve esconder-se a rosa pra sempre emurchecida.
Hei de morrer por vós, de gozo em si não cabe minha alma ardente em chama.
Então, Jesus, verei se quando pode e sabe, meu coração vos ama.
E assim quero viver a vossos pés sem brilho, presa em divinos laços.
Pudesse eu abrandar no doloroso trilho vossos últimos passos".
Santa Teresinha do Menino Jesus

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